13 Julho 09 - 11:35 - Há pessoas que não fotografo intencionalmente. Nem eu sei que estou a fotografá-las, nem elas sabem que estão a ser fotografadas. Geralmente acontece em fotografias de rua e só reparo nisso quando as vejo no ecrã do computador. Primeiro vi-o dentro do elevador, mas o espaço era demasiado pequeno para o fotografar sem ser notado. Havia pouca gente e eu era a única pessoa de pé além do guarda-freio. Ele também reparou em mim, talvez porque eu fosse a única pessoa de pé para além do guarda-freio. Quando chegámos ao topo, saí e misturei-me com os turistas a fotografar as vistas, à espera de poder fotografá-lo sem ser visto. Ele veio na minha direcção e eu não consegui ser discreto. Sorriu, disse que se chamava Jonathan e perguntou-me para que é que eu o queria fotografar. Desprevenido, expliquei-lhe que se tratava de um projecto artístico, de uma artista minha amiga, sobre memórias pessoais daquele elevador, etc... Soou a desculpa esfarrapada, demasiado elaborada. Acho que ele pensou que se tratava de um engate. Deu-me o contacto, disse que tinha chegado no dia anterior, que ficava em Lisboa uma semana e que queria ver as fotos depois. Eu falei-lhe do blog onde eram publicadas as contribuições de toda a gente. Ele continuou a achar que era um engate. Eu não faço engates a esta hora da manhã, mas isso era algo que eu não lhe podia dizer.
Tuesday, 5 January 2010
1. alex: www.primeiraavenida.blogspot.com
13 Julho 09 - 11:35 - Há pessoas que não fotografo intencionalmente. Nem eu sei que estou a fotografá-las, nem elas sabem que estão a ser fotografadas. Geralmente acontece em fotografias de rua e só reparo nisso quando as vejo no ecrã do computador. Primeiro vi-o dentro do elevador, mas o espaço era demasiado pequeno para o fotografar sem ser notado. Havia pouca gente e eu era a única pessoa de pé além do guarda-freio. Ele também reparou em mim, talvez porque eu fosse a única pessoa de pé para além do guarda-freio. Quando chegámos ao topo, saí e misturei-me com os turistas a fotografar as vistas, à espera de poder fotografá-lo sem ser visto. Ele veio na minha direcção e eu não consegui ser discreto. Sorriu, disse que se chamava Jonathan e perguntou-me para que é que eu o queria fotografar. Desprevenido, expliquei-lhe que se tratava de um projecto artístico, de uma artista minha amiga, sobre memórias pessoais daquele elevador, etc... Soou a desculpa esfarrapada, demasiado elaborada. Acho que ele pensou que se tratava de um engate. Deu-me o contacto, disse que tinha chegado no dia anterior, que ficava em Lisboa uma semana e que queria ver as fotos depois. Eu falei-lhe do blog onde eram publicadas as contribuições de toda a gente. Ele continuou a achar que era um engate. Eu não faço engates a esta hora da manhã, mas isso era algo que eu não lhe podia dizer.